O grupo PET-FAUrb informa que já estão disponíveis em seu site os atestados dos eventos realizados durante o semestre letivo 2012-1. Para realizar o download de seu atestado basta acessar nossa página através do endereço http://petfaurb.wix.com/pet, e clicar em "Atestados". Logo após você será direcionado a outra página e deverá clicar na opção "Palestras 2012-1" e na janela que será aberta clicar sobre a imagem do cartaz do evento em que participou e, então, clicar sobre o arquivo no formato PDF (Portable Document File) que possui o seu nome e o download do arquivo iniciará imediatamente.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
O Tempo Passa? Não Passa
O tempo passa? Não passa
no abismo do coração.
Lá dentro, perdura a graça
do amor, florindo em canção.
O tempo nos aproxima
cada vez mais, nos reduz
a um só verso e uma rima
de mãos e olhos, na luz.
Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.
O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida.
São mitos de calendário
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário
é um nascer toda a hora.
E nosso amor, que brotou
do tempo, não tem idade,
pois só quem ama
escutou o apelo da eternidade.
Carlos Drummond de Andrade, in 'Amar se Aprende Amando'
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Poesia de Violeta Parra
Poesia lida pela petiana Shirley durante a reunião ordinária do grupo PET-FAUrb no dia 15 de agosto de 2012.
“Escreva como você gosta, use
os ritmos que aparecerem, tente diferentes instrumentos, sente-se ao piano,
destrua o que é linear, grite ao invés de cantar, arrase na guitarra e toque a
buzina. Odeie matemática e ame redemoinhos. Criação é um pássaro sem um plano
de vôo, que nunca irá voar em uma linha reta.”
Violeta Parra
Carta a Vitorino Nemésio
Poesia lida pelo petiano Lucas durante a reunião ordinária do grupo PET-FAUrb no dia 08/08/2012:
Carta a Vitorino Nemésio
Talvez que o anjo esquecido,
O anjo da poesia,
Se tenha de mim perdido
Sem reparar que o fazia...
Por isso me faltam asas
E me sobejam as penas
De um desejo inalcançado:
Que eu gostava de voar
Até ao anjo perdido
O anjo de mim esquecido,
Que por mim é tão lembrado.
Ai se eu tivesse voado
Aonde queria voar
Não estava agora a rimar
Versos de asas cortadas.
Voava junto de si
Assim fico aonde me vê
Mesmo pregadinha ao chão
Com asas de papelão
E sem entender porquê.
Pois a uns faltam-lhe asas
Mas por ter asas cortadas
Sofrem uns e outros não?
Eu tenho sofrido muito
Nos meus voos ensaiados
Que ao querer sair do chão
Ficam-me os pés agarrados,
...E por falar dos pés
Com versos de pés quebrados
Perdoe lá a quem os fez
Pelo mal dos meus pecados
Só os fiz por timidez
Que tenho em me dirigir
A quem tem por lucidez
Razão para distinguir
O bom e o mau Português.
Assim à minha maneira
Aqui venho responder
Desta forma tão ligeira
Que a sério não pode ser!
Amália Rodrigues
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