quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Participação em eventos de iniciação científica
Poema Transitório
"(...) é preciso partir
é preciso chegar
é preciso partir é preciso chegar... Ah, como esta vida é urgente!
... no entanto
eu gostava mesmo era de partir...
e - até hoje - quando acaso embarco
para alguma parte
acomodo-me no meu lugar
fecho os olhos e sonho:
viajar, viajar
mas para parte nenhuma...
viajar indefinidamente...
como uma nave espacial perdida entre as estrelas."
"Somos donos de nossos atos,
mas não donos de nossos sentimentos;
Somos culpados pelo que fazemos,
mas não somos culpados pelo que sentimos;
Podemos prometer atos,
mas não podemos prometer sentimentos...
Atos sao pássaros engailoados,
sentimentos são passaros em vôo."
POema das Sete Faces - Carlos Drummond de Andrade
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.
Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
(De Alguma poesia, 1930)
> Lido na reunião do PET - FAUrb do dia 28/setembro/2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Abertas as inscrições para o I Salão Universitário PET-FAUrb.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
POLO NAVAL: desafio do desenvolvimento regional
Para ficar no mesmo lugar
— Corre! Corre! — gritava a Rainha. — Mais depressa! Mais depressa! — E iam tão velozes que finalmente pareciam deslizar pelos ares, quase sem tocar o solo com os pés, até que de súbito, justo quando Alice parecia morrer de cansaço, elas pararam. Alice viu-se sentada no chão, aturdida e sem fôlego.
A Rainha recostou-a numa árvore e disse gentilmente: — Você pode descansar um pouco agora.
Alice olhou em volta de si muito surpreendida. — Ora essa, acho que ficamos sob essa árvore o tempo todo! Está tudo igualzinho!
— Claro que está — disse a Rainha. — O que você esperava?
— Em nossa terra — explicou Alice, ainda arfando um pouco — geralmente se chega noutro lugar, quando se corre muito depressa e durante muito tempo, como fizemos agora.
— Que terra mais vagarosa! — comentou a Rainha. — Pois bem, aqui, veja, tem de se correr o mais depressa que se puder, quando se quer ficar no mesmo lugar. Se você quiser ir a um lugar diferente, tem que correr pelo menos duas vezes mais rápido do que agora.
Trecho do livro: Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll