terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Oficina de leitura


O grupo PET-FAUrb realizou no dia 16 de dezembro de 2011 a confraternização de final de ano, juntamente com a oficina de leitura que contemplou o livro Cultura digital.br. A escolha do livro está relacionada ao tema anual do grupo: “Cultura digital, intuição e espaço”. Os petianos se reuniram em um local descontraído para realizar a atividade proposta, onde cada um foi responsável por relatar aos demais uma parte do livro, o qual teve os capítulos distribuídos entre o grupo, dando ênfase à leitura fiel do trecho que considerasse mais pertinente. A oficina gerou saudáveis discussões relacionadas ao tema e proporcionou a troca de informações importantes ao grupo. Como continuidade da atividade foi proposta a postagem no blog dos relatos e citações feitas.

Livro: Cultura digital.br / organização Rodrigo Savazoni, Sergio Cohn. - Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2009.
Fonte: http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2009/09/cultura-digital-br.pdf



JANE DE ALMEIDA
[...]
“Existe uma entrevista do Jean-Luc Godard onde ele é perguntado: se um habitante de Sírio chegasse aqui na Terra, como é que ele explicaria a esse habitante o que é o cinema? A pergunta está se referindo neste momento a uma ficção científica escrita pelo Voltaire que se chama Micromegas. Nessa obra, um habitante enorme de Sírio chega ao planeta Terra, que é um planeta pequeníssimo. Logo que ele chega, vê uma poçinha de água, que é o Mar Mediterrâneo, e nessa poçinha de água existe um barco com vários filósofos.
Ele faz perguntas para esses filósofos e fica muito impressionado como é que esses terráqueos conseguem medir tão bem se eles são tão insignificantes em termos de tamanho. Micromegas pergunta: “quantos sentidos vocês têm?” E os filósofos respondem: “nós só temos cinco sentidos”. Aí ele diz: “Nossa, nós temos mais de 2000 sentidos, como que se pode compreender o mundo só com cinco sentidos”. O Godard captura essa questão dos sentidos e fala assim: “Eu responderia que é uma máquina que nos ajuda a ver coisas que nós não podemos ver, a ver de perto aquilo que a gente não poderia ver, a ver de longe aquilo que a gente não poderia ver.” [...]

LUCAS SANTTANA
[...]
“É uma geração com menos estrelas e mais parceiros” [...]

ÁLVARO MALAGUTI E ANTÕNIO CARLOS F. NUNENES RNP
[...]
“Vivemos um momento de profundas transformações. Desde a década de
1970 experimentamos um mundo caracterizado por um meio técnico-científico-informacional, que se distingue dos períodos anteriores da história em virtude da profunda interação da ciência com a técnica. Nesse cenário, a informação assume papel essencial nos processos de produção, não só de mercadorias, mas também na organização do espaço, exigindo que o território seja cada vez mais equipado com objetos técnicos que facilitem sua circulação em redes.” [...]


JUCA FERREIRA
Ministro da Cultura
[...]
“A discussão estava muito técnica a respeito da digitalização, estava muito na área produtiva, vamos dizer assim, na área da economia. E na medida em que a cultura entra, ela vai dar um outro significado, uma outra velocidade de ampliação.” [...]


JOSÉ MURILO CARALHO JÚNIOR
[...]
"As pessoas mais criativas jamais estão reunidas todas em uma só empresa, ou governo, ou organização, ou país. Abrir os processos de construção de políticas públicas na rede, facilitando a colaboração dos interessados, é uma iniciativa quase óbvia neste início de século. Promover a inovação distribuída em questões de governança pode qualificar a democracia, transformar a sociedade." [...]


MARCOS PALACIOS
Sociólogo da comunicação
[...]
"Mesmo os excluídos vivem num mundo de tecnologias digitais." [...]


HÉLIO KURAMOTO
Coordenador de Projetos Especiais do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT)
[...]
"Um blog deveria ter uma maior estrutura, porque passou a ser de utilidade pública." [...]


LADISLAU DOWBOR
Economista
[...]
"Se eu passo a minha caneta para você, eu deixo de ter a minha caneta, certo? Portanto, eu tenho o problema da propriedade. Mas se eu passo o meu conhecimento, eu continuo possuindo ele. Se eu passo a minha música para você, eu continuo tendo acesso a ela. O meu acesso é livre, e o seu acesso vai ser livre também. E tem mais: quanto mais se generaliza o conhecimento, quando o conhecimento é a base do valor que a gente produz, mais toda a humanidade enriquece." [...]


CRITICAL ART ENSEMBLE, 2001
[...]
“O presente requer que repensemos e reapresentemos a concepção de plágio. Sua função tem sido há muito desvalorizada por uma ideologia que tem pouco lugar na tecnocultura. Deixemos que as noções românticas de originalidade, genialidade e autoria permaneçam, mas como elementos para produção cultural sem nenhum privilégio especial acima de outros elementos igualmente úteis. Está na hora de aberta e ousadamente usarmos a metodologia da recombinação para melhor entendermos a tecnologia do nosso tempo.” [...]


NELSON SIMÕES
Diretor-geral da RNP
[...]
“O que em termos de aplicação é mais visível é o uso de grandes massas de informação na ciência. A questão do clima e do meio ambiente tem se apoiado muito no uso das redes para entender como é que isto ocorre, como é resolvido. Na questão da biodiversidade, estamos usando as redes para poder pensar sobre ela e poder preservar, para nosso próprio desenvolvimento. Na saúde isto tem um impacto muito direto: quando a rede e as ferramentas de colaboração estão disponíveis elas potencializam e capacitam quem está isolado e não tem acesso ou precisa de uma segunda opinião.” [...]

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