segunda-feira, 26 de março de 2012

Poesia lida na reunião dia 26/03

Encontrada no periódico Diário Popular do dia 09/09/1893...

"Deus pede escrita com a conta do meu tempo! É forçoso do tempo dar a conta! Mas, como dar sem tempo tanta conta... eu, que gastei sem conta tanto tempo?!

Para ter à minha conta, feita a tanto tempo, dado me foi bem tempo e não fiz conta! Não quis sobrando tempo, fazer conta!! Quero hoje fazer conta e falta tempo!!

Oh! Vós, que tendes tempo, sem ter conta! Não gastei esse tempo em passatempo! Cuidae enquanto é tempo; fazei conta!

Mas, ah! Si os que contam com seu tempo, fizessem desse tempo alguma conta, não choravam sem conta o não ter tempo!"


Laurindo Rabello

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