terça-feira, 16 de agosto de 2011

Poesia \\ reunião pet faurb 16 agosto

O mundo
Um homem da aldeia de Neguá; no litoral da Colômbia, conseguiu subir aos céus. Quando voltou, contou. Disse que tinha contemplado, lá do alto, a vida
humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas.
— O mundo é isso — revelou — Um montão de gente, um mar de
fogueirinhas.
Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras
de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem
queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo.


Eduardo Galeano



Trouxe a poesia por ser uma tradução do que vivemos aqui no PET, na faculdade, com nossos familiares e amigos. Somos diferentes e isto é enriquecedor, cada um acrescenta o que tem de mais valorozo. 



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